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Inter leva nostalgia e seis campeões ao reencontro com o São Paulo


Por Alexandre Alliatti
Porto Alegre


Colorado recontrata cinco vencedores de 2006 e agora enfrenta justamente o adversário da decisão continental naquele ano.

Da turma que defendia o Inter naquele 16 de agosto de 2006, data do primeiro título da Libertadores para o clube gaúcho, o zagueiro Índio foi o único a não arredar pé do Beira-Rio. Todos os demais campeões saíram. Mas a diretoria, com as boas lembranças do elenco, aos poucos foi trazendo os boleiros de volta. Começou com Bolívar, seguiu com Fabiano Eller, e agora foi a vez de Tinga, Renan e Rafael Sobis retornarem para a antiga casa. Missão: desbancar o São Paulo, ir à final e ganhar a Libertadores outra vez.


O jogo de quarta-feira é cheio de simbolismos para o Inter. A torcida ainda curte o retorno dos ídolos e poderá ver, do outro lado do campo, justamente o adversário da final de 2006. Os próprios jogadores levam a questão sentimental em conta para o reencontro com o Tricolor.

- Termos esses jogadores que já foram campeões é importante para dar tranquilidade à equipe, aos atletas mais jovens, que não tiveram a oportunidade de jogar a Libertadores. Em 2006, eu lembro que era o contrário. Só o Rubens Cardoso tinha sido campeão da Libertadores, e o São Paulo vinha de um título mundial. Mas o adversário tem um grande time, acostumado a decisões, que está sempre chegando pelo menos às semifinais. É importante estarmos consciente de que temos um grupo experiente, mas o São Paulo também tem – comentou o goleiro Renan.

Em quatro anos, muita coisa mudou. Do sexteto campeão, só Renan era reserva. Agora, apenas Bolívar e Índio devem começar o jogo. Rafael Sobis, em busca de ritmo de jogo, fez sua estreia neste domingo. Ainda não tem como ser titular. Fabiano Eller é suplente, Renan ainda não conseguiu desbancar Abbondanzieri e Tinga depende de uma liberação da Conmebol para poder jogar. A tendência é de que não consiga. Expulso na final de 2006 ao comemorar o gol do título (mostrou uma camiseta com mensagem religiosa), o meia precisa cumprir suspensão. O Inter segue tentando convencer a entidade que rege o futebol sul-americano a transformar a pena em multa.