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Grama sintética: reclamação do Inter irrita mexicanos

Chivas diz que está respaldado pela Fifa. Jornal classifica protesto colorado como ‘barbaridades dos amazônicos’

Por Alexandre Alliatti
Direto de Guadalajara, México


Pintou a primeira rusga na final da Libertadores da América. Os mexicanos fizeram a cara mais feia do mundo ao saber do desejo colorado de não jogar no estádio Omnilife, novinho em folha, mas que tem grama sintética. O Inter pretendia atuar em gramado natural, talvez fora de Guadalajara. O Chivas ficou na bronca. E a imprensa mexicana também.

O presidente do adversário vermelho na final da Libertadores, Jorge Vergara, contra-atacou. Ao saber das declarações dos dirigentes do Inter e do técnico Celso Roth, o mandatário do Chivas disse que está respaldado pela Fifa no uso de grama artificial.

- A Fifa, faz cinco ou seis anos, emitiu um comunicado oficial no qual autorizava o uso de grama sintética e permitia jogos oficiais assim. Portanto, não há, na regra, qualquer possibilidade de oposição – disse Vergara.

Os jornais mexicanos estranharam a reclamação do Inter. O diário esportivo Récord deu forte destaque à polêmica, colocando fotos de outros estádios com gramas sintética e trechos do regulamento da Conmebol. Em texto, criticou o clube brasileiro. Classificou o protesto colorado como “barbaridades que tentam argumentar os amazônicos para não jogar no campo sintético do Omnilife”. O jornal também observou que o Inter treinará no Colégio Once México, que tem grama sintética.

Os gaúchos terão que se conformar. O jogo de quarta-feira, às 21h50m (pelo horário de Brasília), será mesmo no Omnilife. O clube mexicano inclusive já iniciou a venda de ingressos para o primeiro duelo da decisão da Libertadores da América.