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D’Ale, com o coração dividido, não garante presença no Mundial

Jogador fala com carinho sobre o Inter e diz que família não quer deixar Porto Alegre, mas saída depois da Libertadores é uma possibilidade

Por Alexandre Alliatti
Direto de Guadalajara, México


D’Alessandro nem gosta de falar muito no assunto. Ele sabe que as certezas sobre seu futuro como jogador do Inter podem ser apagadas de uma hora para a outra. Sempre assediado, especialmente por seu clube do coração, o River Plate, o argentino não garante que defenderá a camisa colorada no Mundial de Clubes, em dezembro. E não garante porque sabe que não é certo que estará lá.

O camisa 10, na prática, jamais escondeu a possibilidade de sair. Ou melhor: o desejo de voltar a defender o River Plate. Sempre que ele foi à Argentina com o Inter, recebeu doses cavalares de carinho dos torcedores do clube portenho. E disse a muitos deles que voltará. Não sabe quando, mas voltará. Enquanto isso, a presença do articulador em Abu Dhabi, onde o Inter lutará pelo bi Mundial, é incerta.

- O que posso garantir é que vou jogar a final da Libertadores. A gente nunca sabe o que acontece no futuro. É um negócio que não quero falar agora. Não é o momento certo. Depois, a gente vê – disse D’Alessandro.

O argentino talvez sequer tenha percebido, mas deixou claro em uma afirmação o desejo de retornar à Argentina, cedo ou tarde. A família (mulher e um casal de filhos) o segura em Porto Alegre.

- Eu estou muito agradecido ao clube, às pessoas de Porto Alegre. Minha família não quer ir embora. Em casa, são três contra um. Fica difícil. Mas estou muito bem no Inter – afirmou o jogador.

A diretoria do Inter admira muito o futebol de D’Alessandro, embora saiba que ele não é um jogador dos mais fáceis de se lidar dentro do vestiário – Tite, ex-técnico do Colorado, que o diga. O clube certamente não pensa em negociá-lo. Até o Mundial, porém, são quatro meses de certezas que podem ser apagadas de uma hora para a outra.