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Brasil, o país do time misto

Por: Luiz Zini

Clubes, jogadores, dirigentes, técnicos e torcedores ainda não entenderam o conceito do Brasileirão. Em nome da Libertadores e da Copa do Brasil, alguns times usam reservas, mistos reforçados com o banco do banco. Esfriam a estreia da mais importante competição nacional. Afastam o torcedor do estádio, o viciam ainda mais no PPV.

A média de público em 2011 não encostou nos 15 mil torcedores por jogo. Não vai melhorar tão cedo.

Ao contrário da Europa que, em começo de temporada, usa todo mundo em todas as competições, o Brasil poupa. O futebol recomeçou no final de janeiro, 17 semanas em ação, e os mistos já estão campo e ilustram até o Corinthians, campeão no ano passado. Não há sentido porque não existe desgaste. Ainda.

O início do Brasileirão se choca com as quartas de final de dois torneios célebres. Ao contrário de países onde a profissão de atleta está mais avançada, conscientizar jogador brasileiro na sua casa é mais difícil.

Lá fora, ele ouve mais, se concentra mais, atende mais. No Brasil é quase impossível motivar o jogador em duas competições ao mesmo tempo. Ele tem a bênção de técnicos e dirigentes e busca concentração nos jogos mais importantes.

Sem chuteiras, observa, às vezes no próprio estádio, os mistões da vida