Celso Roth não escalou o Inter para jogar futebol. Foto: Ricardo Duarte/Divulgação Inter |
O Inter não entrou em campo para jogar futebol. Engana-se quem pensou que veria uma mudança de postura no time ou uma classificação vigorosa para a próxima fase da Copa do Brasil. A partida contra o Fortaleza foi em águas mornas, administrando um resultado que não vai manter o time na disputa por muito tempo.
A atitude do time foi vergonhosa. Trocas de passe na intermediária para trás, sem efetividade, sem brio. Um time acuado, que enfrenta um forte adversário na próxima rodada do Campeonato Brasileiro e parece não se importar. Os vexames viraram rotina e as desculpas apenas trocaram de personagem.
A escalação denunciou o que estaria por vir - Alex, Anderson, Bob, Fabinho e Paulão. Em conjunto, um show de atrocidades - individualmente, defasagem técnica e desqualificação. Em resumo, tudo que tenho falado jogo após jogo: um elenco de série b.
É difícil para a torcida confiar que essa equipe vai conseguir escapar do rebaixamento, quando não se classifica com um mínimo de futebol que se espera de um clube do porte do Internacional.
Os quase 12 meses de Argel criaram um time acostumado a jogar sem bola e com o passar do tempo o time apenas espera o gol do adversário, sem aparentes preocupações. Me digam qual é a nossa função, já que não podemos continuar torcendo para um time não quer ganhar.
A classificação no Castelão é apenas uma sombra que esconde os problemas até que o apito do juiz soe novamente. O Inter vai precisar jogar muito futebol para conseguir arrancar um ponto do Atlético-MG, aqui em Minas.
Não estamos mais surpresos, afinal, este é o Inter criado por Píffero, Pellegrini, Argel e cia. O que vemos é o legado deixado por quem pouco se importou. E, ao invés de melhorar, a SWAT colorada - convocada como solução para o problema - piorou o que achávamos que não poderia piorar. Estamos revoltados, pois a série de derrotas não nos auxilia a permanecer na série A.
Estamos classificados. Classificados para sofrer.