Vocês não entendem e nunca entenderão. O Inter é mais do que futebol. | Foto: Alexandre Lops |
Eis que entra nosso capitão, entendedor da vitória iminente. No entanto, joga como se não soubesse que seus braços mais uma vez estão preparados para levantar a taça. A velocidade de Nilmar impõe o respeito que rival algum conseguiria atingir e a eficiência do time faz brilhar os olhos aguerridos de cada ser de fé rubra.
A rede balança e a esperança dos gremistas quase não se mantem de pé. Quando a cena se repete, quem é que junta forças para apoiar o ceticismo? O coro da torcida ecoa pelo estádio e chega em meu coração como a mais bela música já sentida. Em um relance, vejo um gol. Mas o destino, meu amigo, é arrasador - Giuliano pagaria o mais alto preço na tarde daquele domingo. Mudar de lado talvez tenha sido uma de suas piores decisões, pois quem esteve aqui de corpo e alma não consegue deixar esse espírito morrer.
E quem deixa, não encontra felicidade.
O guri Valdívia se emociona, tem seu nome gritado das arquibancadas juntamente com o de Diego Aguirre, o corajoso treinador, que recebe seu primeiro prêmio após aguentar firme as críticas dos infelizes que nunca tem nada a dizer. Enquanto isso, torcedores gremistas brigam entre si. O que há de errado com eles, afinal?
- Bom, eles não são como nós.
- Bom, eles não são como nós.
Dizem que rivalidade consiste em dois grandes clubes que travam batalhas para provar quem é o melhor do estado. Mas tenho dito, desde muito tempo, que a rivalidade desistiu de nós. A supremacia decretou e não volta atrás - o Internacional é o maior do Rio Grande, aceitem. Não há argumento que bata de frente com a grandeza desse clube.
"Estranho seria se o Beira-Rio estivesse calado, sem a taça pousada em seu gramado e sem o sorriso diário no rosto de cada torcedor. Hoje sei, mais do que nunca, que o melhor presente que Deus me deu foi o amor pelo Inter. Não há nada maior."
Os gremistas são apenas sonhadores sem fé. Nós somos a junção de vontade e crença e é por isso que sempre chegamos lá.