A dupla inglória da redenção | Foto: Fernando Gomes |
Foi sofrido e decepcionante como tem sido. Foi difícil e sobretudo, insuficiente. Não jogamos futebol, fizemos apenas o que estava a nosso alcance, ou seja, não fizemos muito. O torcedor foi ao Beira-Rio, apoiou o jogo inteiro, merece a vitória como nenhum outro. O choro da torcedora no fim da partida só demonstra o quanto era pesado o fardo que carregamos. Nos últimos quatro anos, nós sofremos demais.
Os primeiros minutos anunciavam que o jogo não seria fácil. Os garotos do Galo trataram logo de abusar de suas velocidades, atravessando feito furacões qualquer defensor colorado. O time de Abel, lento e sem alternativas, não conseguia marcar e nem impor seu jogo dentro de seu próprio estádio. Fomos engolidos por uma marcação que antes de tudo era ofensiva. Chegamos ao gol com Rafael Moura e depois levamos empate, por pênalti cometido por Fabrício.
Abel deixou Aránguiz guardando posição, em uma noite onde D'alessandro estava pouco inspirado. A falta de velocidade irritou a torcida, que gritava o nome de Valvídia. O time vestiu-se de garra e foi em busca do segundo gol. Fabrício encontrou a redenção e fez meu coração ficar mais leve ao sentir o alívio.
Com essa vitória, o Inter fica a um pé da vaga na Libertadores e pode começar 2015 da forma diferente como todos nós esperamos. Mesmo com os gols providenciais de Moura e Fabrício, não quero vê-los no elenco na próxima temporada. Precisamos de uma reformulação e de dizer adeus a todos esses jogadores que são sempre contestados.
Diga você, meu caro amigo (a), há quanto tempo você não comemorava um gol da forma como fez? Me diga a quanto tempo você não via o Beira-Rio tão cheio de magia? Digo por mim, que meu amor pelo Inter superou esses quatro anos inglórios e quer ser ouvido em 2015. Ouvido das arquibancadas, ouvido para toda a América. Está na hora de colocar o Inter no lugar a que pertence e no lugar de onde Luigi algum deveria ter tirado - no topo do mundo.