Vitinho comemora gol contra o Fluminense Foto: Ricardo Duarte |
Antes que alguns colorados clubistas ao extremo me xinguem nos comentários falando que sou corneteira, já começo me defendendo - se você gostou da atuação do Inter a partir dos 30' do 1º tempo do jogo de hoje, pare de ler por aqui. Caso contrário, continue.
Eu acreditava que não existia um time que não queria estar na Libertadores, mas depois que o juiz apitou o final da partida contra o Fluminense, passei a crer que o Inter não quer. Nunca que vi um time fazer tanto para não disputar a maior competição do continente.
Eu sou do tipo de colorada que entende como o Inter conquista as coisas - naquela raça, nos últimos minutos, nas últimas rodadas, no último suspiro. Mas esse clima de esperança foi destroçado pelo colorado na penúltima partida do campeonato. É incrível como um time não entende a lei da vantagem e joga com um jogador a mais com a maior passividade.
O jogo
Começamos avassaladores, impondo o jogo na casa do adversário e fazendo valer o comprometimento com os seis pontos restantes do campeonato. Vitinho abriu placar logo aos 3' do 1º tempo, em jogada de Anderson. O Inter tinha mais posse de bola e mais técnica em relação ao Fluminense, detendo portanto o domínio do jogo. Os tricolores relaxaram em sua marcação, abrindo espaços para o colorado trabalhar a bola com muita tranquilidade, jogando em ritmo de treino.
A partir dos 30' do 1º tempo o cenário da partida se alterou e o Inter passou a dar mais espaços para o Fluminense jogar. No fim da primeira etapa, Oswaldo foi expulso, deixando o colorado com um jogador a mais durante todo o 2º tempo.
Na volta do vestiário a postura de cadenciar o jogo persistiu e o Inter não demonstrou vontade de ampliar o placar. O ritmo do jogo diminuiu e o Fluminense passou a atacar mais, empatando de pênalti após Vitinho cometer falta em Magno Alves dentro da grande área. O colorado até lutou nos últimos minutos, mas já era tarde demais.
Análise
Me sinto estranha torcendo para um time que não tem sede de vitória, que não gosta de vencer. É necessário deixar claro que o objetivo do Inter não é ir para a Libertadores, caso contrário teria matado o jogo enquanto tinha total domínio da partida. É irracional achar que um time tão acomodado merece uma vaga para figurar entre os maiores do continente.
D'alessandro não consegue agir com maturidade e ainda vira desfalque para a última rodada sabendo do grande número de ausências que temos. Paulão diz que não sabe o que aconteceu. Torcemos para um time completamente aéreo.
O placar de 1x0 foi o mais repetido durante o ano e o mais perigoso, pois levou o Inter à derrotas e empates. Foram 37 gols em 37 partidas - é notável que foi um ano para fazer o mínimo e isso é inaceitável. Como um treinador em sã consciência permite que o ritmo de jogo de seus comandados caia passados apenas 30 minutos de partida? Um treinador que foi contratado para fazer o mínimo.
É isso que o Inter foi durante 2015 - um time que fez o mínino do mínimo e ainda quer conquistar algo maior. Acomodação não é algo digna de prêmio e portanto, não merecemos ir para a Libertadores.
Há quem vai dizer o contrário, há quem vai rezar para que os resultados das outras partidas levem o colorado para a LA, mas as atuações pífias do Inter não merecem, o time não merece, o treinador não merece. E a gente conhece o Píffero - se o Inter for para a LA, o Argel fica e mudanças é o que menos veremos em 2016.