Alívio imediato

O alívio estampado no rosto de Alex | Foto:Alexandre Lops

A volta de Muriel às goleiras talvez marcasse uma retomada do Inter, depois de absurdas derrotas e perdas de pontos causados por atuações de um nível assustador. Longe de meu pai botafoguense e longe do meu amado gigante à beira do Guaíba, assisti ao belo gol de Alex e senti o mesmo que o camisa 12 sentiu - um alívio imediato.

E a alegria, não tão satisfatória assim, durou pouco - Muriel fez uma defesa difícil, esteve bem no jogo e um chute de mal jeito mudou os planos de Abel. A falta de opção do elenco nos faz voltar ao que nos assombra. Por pouco, Dida não leva algum gol.

Do escanteio que Alex cobrou veio o passe milimétrico para Eduardo Sasha marcar o segundo, em uma cabeçada espetacular. O colorado manteve a regularidade no ataque, com ampla partipação de D'alessandro e Alex, juntamente com Aranguiz ainda não atingindo seu verdadeiro potencial. A defesa colorada proporcionava espaços para o Botafogo trabalhar sua bola e finalizar. Sorte que a tarde era vermelha e branca.

Os protestos da torcida serviram de alerta aos jogadores - se o Inter saísse do G-4, o caos se instalaria. Nos últimos jogos, os atletas pareciam se contentar com os resultados negativos, não apresentavam reação diante dos gols tomados. Neste domingo o cenário foi outro - a torcida apoiou e os gritos das arquibancadas fizeram efeito. Enfim "minha camisa vermelha" foi cantada com louvor.

D'alessandro, o maestro condutor do meio campo tentou de todas as formas marcar o terceiro gol contra o alvinegro carioca até ser substituído por Abel. Há seis anos atrás D'ale marcava seu primeiro gol com a camisa colorada exatamente contra o Botafogo e queria ter repetido o feito.

O visitante veio com sua estrela solitária tentar brilhar no Beira-Rio, mas quem brilhou foi Alex e a sensação do alívio. Meu pai, o aniversariante dessa semana, não ganhou um bom presente de seu time do coração - mas para o lado alvirubro a coisa também não anda tão boa assim...