Nilmar fala do cotidiano em Doha, comenta polêmica do meio do ano e afirma: "Se o Inter quiser, ele sempre estará na frente"
Foto: Al Rayyan / Divulgação |
2013 nem acabou e as especulações sobre a volta de Nilmar já começaram, porém o torcedor colorado pode controlar a euforia. Em entrevista ao globoesporte.com, Nilmar disse que não estipula data de retorno, mas sempre dará prioridade ao Inter - clube que o revelou e ao qual tem tanto carinho.
- Se o Inter quiser, ele sempre estará na frente. Foi assim em todas as vezes, sempre tive a primeira conversa com o Inter.
Nilmar procura acompanhar todas as partidas do time gaúcho. E reitera:
quando retornar ao Brasil, conversará primeiro com os dirigentes
colorados para saber se existe a vontade de contratá-lo pela terceira
vez. Mas toma cuidado com cada palavra, até para não dar margem a uma
falsa possibilidade de que isso ocorra em um prazo curto.
Sobre a polêmica do possível retorno ao Brasil na metade deste ano, o atacante do Al Rayyan confirmou que seria muito difícil voltar tendo assinado um contrato longo, além dele ser uma grande aposta do time do Qatar.
- Conversei com o Giovanni e o pessoal do Inter. A imprensa toda falava,
dizia que estava certo. Mas não tinha acordo. Os caras (do Al-Rayyan)
investiram alto em mim. Sabia a dificuldade que era, que ninguém me
liberaria fácil. Por mais que Porto Alegre seja minha casa, deixei claro
para o Giovanni que era difícil. Não quis me envolver naquele momento,
por mais carinho que tenha pelo Inter.
O ex-camisa 9 colorado contou como vive em Doha, revelando características do futebol árabe que conquistou a ele e à sua família.
- A vida aqui é bem tranquila. Minha família gosta daqui e dá para
aproveitá-la mais. Acabei de ter um molecão, mas agora fechou para
balanço – brinca. - Posso levar minha filha (Helena) ao colégio, durmo
todos os dias em casa, não há viagem nem concentração, que é o que minha
mulher mais gosta. Ela adora aqui.
A Copa do Mundo do Qatar, de 2022, servirá para impulsionar o esporte
no país. O futebol, apesar das altas cifras que os xeques mexem, não é a
única função da maioria dos jogadores. E o atacante, que tem como uma
de suas principais virtudes a velocidade, brinca que corre ainda mais no
Al-Rayyan. Só que Nilmar gostaria de ver as arquibancadas com públicos
maiores:
- O futebol aqui é mais lento. Não são 11 (jogadores) profissionais.
Estou correndo aqui mais do que na vida toda – diz aos risos -.
Treinamos pouco pelo clima e porque os jogadores têm outros trabalhos.
Só podem jogar quatro profissionais por clube. Não tem a intensidade do
Brasil, mas está melhorando. Estão contratando atletas mais jovens. Pena
que aqui o estádio só lota em decisões. O público é geralmente pequeno,
não como ocorre no Brasil e na Europa.
Nilmar tem vontade de voltar à seleção brasileira e repetir seus feitos da Era Dunga, mas diz não se arrepender da decisão de ter ido para longe.
- Quando assinei, sabia que a Seleção estaria mais longe. O futebol não é
muito badalado. Tenho o sonho de disputar a Copa, mas não me arrependo.
Fonte: Globoesporte.com (reportagem modificada)
Obs: Depois de ler esta matéria do GE, dei uma lida nos comentários e encontrei este que me chamou muita atenção. Seria muito bacana se todos colorados pensassem dessa forma.
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