Lomba: símbolo de raça em campo. | Foto: Ricardo Duarte |
No primeiro jogo protagonizamos um massacre tático no Beira-Rio e em Itaquera. Zago se esforçou para que o time conseguisse brilhar mesmo sem D'alessandro e Edenilson. O primeiro tempo foi desanimador e chegou a nos dar dúvidas a respeito da classificação. Mas nós sabemos como as coisas funcionam com o Inter.
No segundo tempo, o time resgatou o poderio imposto no primeiro jogo e foi ofensivo o suficiente para sufocar os paulistas em sua própria casa. Mesmo que desorganizado, o colorado lutou pela sua classificação, sendo aguerrido, unido e insistente. Nos pênaltis, Lomba provou que merece nosso carinho e respeito pela dedicação em campo.
A falta do favoritismo em jogos importantes como este fazem o Inter crescer. A falta do holofote ou preferência da imprensa desenvolvem no time um senso maior de poder. O fato de ser subestimado eleva o ânimo da equipe, faz com que sejam mais fortes e deem mais de si mesmos em campo. Ser subestimado faz com que você prove que não deveria ser.
E o Inter é subestimando desde quando essa rivalidade começou e segue provando que 2005 ainda vive dentro de cada um de nós como inspiração. O bacana é saber que os jogadores compram a ideia e batalham dentro de campo para manter a essência de luta do clube.
O Inter não caiu para a série B por causa de sua torcida ou por causa de sua história. Fomos vítimas de pessoas que não se importavam com a instituição. E não é porque caímos que deveremos ser subestimados, ainda mais por um time que já esteve onde estamos agora. O Corinthians e a imprensa subestimaram o Internacional e pagaram caro por isso.
Nós sempre podemos mais. Diante de grandes desafios é que se vê a força de um gigante. O Inter caiu, mas voltará. Subestimado, escanteado, injustiçado. Mas é passando por cima disso tudo que você diferencia quem é grande de verdade.
Por isso, nunca subestime um gigante. Um queda nunca nos fará menores.