Os céus abençoam nosso povo. | Foto: Idete Amorim |
Essa torcida nasceu com o objetivo de romper com a elitização que existia em seu estado, onde só brancos e ricos podiam gostar e jogar futebol. Essa torcida uniu os diferentes e consolidou o pertencimento do futebol ao povo. Essa torcida ergueu um estádio sobre um rio. Participou ativamente da colocação de cada tijolo, de cada pedaço do gramado. Essa torcida construiu um gigante com as próprias mãos e com ele conquistou o mundo.
Em dias difíceis - quando a bola se recusa a entrar, quando o esforço é insuficiente e o time adversário parece contar com mais jogadores em campo do que permite a regra - ela se faz presente para defender o que construiu. Da arquibancada, os gritos de apoio se transformam em fôlego, os cantos transfiguram-se em motivação e a energia da torcida encoraja os atletas.
Essa vitoriosa torcida faz rugir um estádio efervescente, impõe sua grandeza ao adversário e ganha jogo. Ganha título, ganha destaque, ganha o que mais merece por cuidar do que é seu: reconhecimento.
Essa torcida tem a vivacidade do vermelho e do branco, o esplendor do Gigante da Beira-Rio, e é, sem dúvidas, a torcida mais bonita do Brasil.
Com essa torcida não tem segunda divisão e não tem tempo ruim. Com ela é na base do suor, da luta, mesmo que desacreditem, mesmo que duvidem. A torcida colorada nasceu para conquistar, nasceu para ser grande. A desistência não pertence ao idioma do povo desse clube.
O idioma deles é diferente.
"Vamos lutar, até morrer, seremos campeões".