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Há uma luz no fim do túnel

Inter apresentou melhora defensiva. | Foto: Ricardo Duarte
São 13 jogos. 13 partidas em que o Inter não conhece o sabor de uma vitória ou o sentimento de ganhar três pontos e subir na tabela. Há poucos meses, o Inter era favorito para conquistar a competição e agora briga para não entrar na zona do rebaixamento. Mais uma vez, a torcida esteve presente, assim como o empate. Mas há uma luz no fim do túnel. 

O jogo 

O Inter contou com reforços que fizeram grande diferença na partida contra o São Paulo – Danilo Fernandes voltou ao gol e Ceará começou de titular na nossa lateral direta mesmo com o retorno de William, após a conquista da medalha de Ouro nas Olimpíadas (mesmo desperdiçado na competição). 

O colorado começou a primeira etapa demonstrando uma melhora na organização defensiva. Seijas se movimentou muito pelos lados do campo, confundindo a defesa adversária. Ceará esteve presente nas principais jogadas ofensivas do Inter, sempre se apresentando para o jogo. Sasha, claramente impaciente, errou muitos passes e inversões. Nico López auxiliou na marcação, pressionando a saída de bola dos paulistas, porém encontrou dificuldades em participar das jogadas por ter sido pouco abastecido pelo meio campo. 

O Inter foi superior, manteve posse de bola (ainda que com o insistente problema de não saber o que fazer com a bola quando a possui). Devido a isso, o meio campo pouco articulou. A primeira finalização do São Paulo aconteceu só aos 31′ do 1º tempo, provando que a organização defensiva funcionou. 

Paulão cometeu pênalti infantil aos 35′ e o tricolor abriu o placar. 1 x 0. 

O time de Celso Roth claramente priorizava o jogo longo. No segundo tempo, o técnico colorado colocou em campo o centroavante Ariel com a intenção de aproveitar os lançamentos para a área tão característico do time colorado (cultura deixada por Argel, que ensinou o time a jogar sem bola). 

A entrada do argentino deu início a uma sucessão de lances perigosos e finalizações pelo colorado. Aos 6′ do 2º tempo, Ariel teve a chance de ampliar, mas Dennis estava realmente em um grande dia. 

O dedicado Seijas pressionou a marcação, se movimentou pelos lados do campo, auxiliou nas articulações e não se escondeu do jogo. Aos 39′,o venezuelano apareceu novamente para cruzar a bola para Ernando, que cabeceou e viu a bola desviar no defensor paulista e entrar no gol. No final da partida, aos 45′, Valdívia perdeu o pênalti decisivo para a quebra do jejum de vitórias do Internacional. 1 x 1. 

Análise 

Valdívia, claramente abaixo do ideal, jogou muitas vezes sozinho. Durante a semana, em entrevista, declarou que não estava bem psicologicamente, que inclusive tinha dificuldades para dormir. Obviamente, espera-se que um jogador que se sinta extremamente pressionado não bata um pênalti tão decisivo. Eu, no lugar de Roth, aconselharia ao camisa 10 a não cobrar o pênalti. A pressão na cabeça do jovem meio campo aumentou e afetará diretamente em suas atuações futuras. Mas tudo poderia ter sido evitado, pois Seijas tem treinado cobranças de pênalti, deveria ter sido o cobrador. 

É notável a melhora do Internacional. O time foi mais organizado defensivamente, criou mais do que nas últimas partidas, chegou mais vezes ao gol adversário. O Inter ganhou apenas um ponto este domingo, mas demonstrou uma importante evolução que nos oferece esperança para acreditar que a tão desejada vitória para quebrar o jejum de 13 jogos não está distante. 

Enquanto houver um suspiro de amor à teu escudo e à tua história, haverá multidões que não te abandonarão. Teu povo não vai te deixar cair.