Retranqueiro? Não, nem um pouco. | Foto: Ricardo D. |
Provavelmente você, torcedor colorado, passou pela mesma aflição que eu neste jogo contra o Sport. Uma sensação que, inclusive, tem se tornado rotina quando o assunto é Internacional. Percebo cada vez mais que no futebol, o resultado é uma consequência de escolhas bem ou mal feitas. Neste caso, obviamente, a escolha tem sido errada desde o início da temporada, mas que hoje, em especial, resultou no mais claro temor da torcida: a zona de rebaixamento.
Roth escalou William no meio de campo caindo pela direita ao lado de Valdívia, este mais centralizado, com Seijas caindo mais pela esquerda e Sasha mais a frente. Ainda me pergunto o porquê de Sasha figurar entre os titulares no time do Internacional, sendo clara a sua insuficiência técnica e defasagem em relação ao restante do grupo neste momento tão delicado para o time. É um mistério que não tem fim. Assim como o mistério de Ariel ser jogador de futebol. São questões sem resposta.
Mas deixando de lado esses questionamentos, fico feliz que alguém tenha me escutado. No texto do último jogo, disse que Valdívia não estava bem psicologicamente para cobrar um pênalti e que Seijas deveria ser o cobrador. Contra o Sport, após sofrer o pênalti aos 7', o venezuelano bateu bem e abriu o placar na Ilha do Retiro.
O Inter fez marcação por zona e marcação por zona individual. Foi mais competente no meio campo com a entrada de William, embora o time tenha perdido muitos gols. O jogo do Inter passava mais pelo erro do Sport, nos contra ataques.
E o que eu temia, aconteceu. O tal do recuo (é, aquele que é conhecido por chamar o adversário para o seu campo de defesa e você leva pressão até tomar o empate) apareceu. Celso Roth colocou Ariel, depois colocou mais um volante e depois outro, tudo isso para segurar o 1x0. A gente sabia no que ia dar.
Voltando aos questionamentos do início do texto, gostaria de entender o motivo pelo qual Nico López está entre os reservas, enquanto Sasha nunca tem seu nome pronunciado pelo narrador da partida. Não foi pequeno o esforço da direção em trazer o uruguaio e duvido muito que ele foi contratado para ser o reserva de luxo de Sasha.
É visível que o posicionamento, a organização e a defesa do Inter melhoraram muito desde que Celso Roth voltou ao Beira-Rio. Porém, também se vê que as substituições e escolhas equivocadas do treinador tem afetado diretamente nos resultados em campo. Não se deixa um atacante como Nico López no banco, assim como não se deve fechar o time um segundo tempo inteiro para assegurar apenas um gol a favor.
É preciso refletir - volantes não salvarão o Inter de cair para a série B, mas bons atacantes sim.
Na noite deste domingo, não vimos apenas mais um empate amargo do Inter - vimos a derrota previsível e inevitável da retranca de Celso Roth.