Aránguiz comemora o primeiro gol do Brasileirão Foto: Diego Vara | Zero Hora |
De um primeiro tempo agitado a um segundo tempo de bagunça tática e acomodação alá 2013 (peguei pesado?), o Inter construiu uma vitória nos minutos iniciais e marcou apenas um gol (o que achei pouco).
Satisfação me invade ao saber que, Abel, com toda sua postura de técnico, é justo ao avaliar a equipe neste sábado - disse que "o time todo esteve mal" e todos sabemos que não é mentira. O Inter sentiu falta de Gilberto na lateral, mas também repetiu uma acomodação após o gol marcado que não nos traz boas lembranças.
Na primeira etapa, o colorado esteve melhor, atacando de forma mais organizada, o que contrastou com a desordem ofensiva da segunda etapa. Algo que nem Abel conseguiu consertar no vestiário. Alex foi a peça chave do primeiro tempo, alternando entre ataque e defesa sem prejudicar a organização da equipe colorada.
É certo que, o preço que pagamos pela força física e qualidade defensiva de Willians não vale a pena se analisarmos sua fraqueza maior, que é errar passes em abundância - e sempre passes que nos deixam em situações claras de perigo. Acho que, se for para trazer reforços, que a direção analise este setor cuidadosamente e seja bem extremista.
Rafael Moura pode ter começado o ano de forma positiva, marcando gols em clássicos e se sagrando coisas-que-gauchão-te-torna, mas o fato é: estou vendo uma repetição de cenas e Moura jogou contra o Vitória alá Damião 2012/2013 - e isso, meus caros, não é, nem de longe, algo positivo - partindo do princípio que isolamento proposital ou não, é algo negativo.
Alan Patrick apenas correu, chutou demasiadas vezes e errou o alvo em todas. Nossa defesa fica mais lenta com a presença de Juan, porém o adversário não deu visibilidade a este problema na partida de hoje.
Aposto na qualidade da dupla Aránguiz & D'alessandro para o resto do ano, isso se Luigi não estragar tudo com seus planos diabólicos. Confio na qualidade e vontade do chileno e na mente engenhosa do argentino no campeonato que se inicia.
O alerta é: o estadual com seus cruzeiros-do-rio-grande acabou. É hora de vestir a camisa da seriedade por completa, fazer de cada jogo uma decisão mesmo e eliminar a era de dependência: o Inter precisa sobreviver bem sem D'alessandro, precisa de opções, pois todos sabemos como é que se joga para ganhar um campeonato brasileiro. Chega de quase. O Inter precisa se bastar.
Obs: Sobre o público no estádio, esqueçam de fazer do Beira-Rio um caldeirão. Por mais próxima que as cadeiras estejam do gramado, o gigante não vai "rugir" se o preço dos ingressos continuarem como estão. Acho que é bom a direção rever seus conceitos, se é que consegue fazer isso.