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Assim se faz um campeão

Pé no chão e trabalho. | Foto: Ricardo Duarte











Enquanto os cantos da torcida ecoavam no Beira-Rio, o Inter finalmente me convencia em campo. No gol do adversário, Vitor, o célebre goleiro que participa de nossa história como símbolo de tantas alegrias. Em um dia onde o co-irmão comemora 15 anos sem títulos, em que Rodrigo Dourado e Rafael Sóbis assopram velinhas, aqui estou eu finalmente contente com uma vitória do Inter e a liderança do Brasileirão.

Não por apresentar um futebol brilhoso, inclusive, um pouco longe disso. O Inter me convenceu por apresentar em campo o mínimo que se espera de um verdadeiro campeão. A marcação adiantada, forçando o adversário a errar logo na saída de bola, fez toda a diferença no jogo contra o Galo mineiro na noite dessa quinta-feira. Se impondo em campo, o time de Argel conseguiu animar o torcedor no Beira-Rio e me fazer soltar um grito aliviado de gol aqui em Minas Gerais. 

A pressão mostrou resultados aos 34' do 1º tempo, em jogada de Dourado e Vitinho, com finalização de Sasha. O Inter articulava suas jogadas, fazendo marcação por zona, auxiliado pelo volante Dourado que, cá entre nós, elevou o nível técnico do time de Argel, com suas saídas precisas e competentes.

Na volta do vestiário, o Inter seguiu pressionando o Atlético-MG em seu campo de defesa e mesmo criando mais jogadas do que na primeira etapa, sofreu um pouco com as investidas dos mineiros. Alex conduziu bem o meio campo, saindo aplaudido para entrada de Anderson que auxiliou a jogada do segundo gol colorado marcado por Vitinho, aos 29' do 2º tempo.

Muitos colorados me disseram que eu estava exigindo muito do time. A realidade é que o Inter não deu um show de futebol, mas foi competente, ou seja, fez bem o dever de casa. Foi sólido quando teve que ser e se impôs em campo, propondo jogo e saindo com a vitória. E isso era exatamente o que eu queria ver. 

Argel vem fazendo milagres com o time do Inter e isso não é novidade para ninguém. Mas no jogo de ontem foi possível ver o esboço do campeão, que se desenha de partida a partida, convencendo até os mais desconfiados e animando até quem não gosta muito do técnico colorado. Ficou evidente que não é só de vitórias que precisávamos, mas de um futebol que animasse o torcedor. 

PS: Vitor, meu caro, eu já te avisei, a alegria você só terá quando se render ao lado de cá.

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