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O que será deste time em 2016? | Foto: Ricardo Duarte
Depois de férias merecidas, após as dores de cabeça fortíssimas que tive depois das atuações do Inter em 2015, volto a escrever sobre o colorado. Não que tudo tenha mudado ou que haja mais otimismo de minha parte escrever sobre um time comandado por Argel, mas é que apesar de tudo, é o Inter.

Começamos 2016 já com uma grande polêmica, a Primeira Liga. Por mais que o movimento tenha o objetivo de unir os clubes e atletas contra a CBF, temo que venha se complicar. Em teoria, o princípio é válido - o calendário atual não é o ideal, não permite preparo dos atletas, a corrupção na entidade suja a imagem do futebol brasileiro e a forma como o esporte segue no país não cresce, se mantém arraigada aos interesses dos dirigentes e empresários. A Liga quer romper com essa amarra que impede o desenvolvimento do nosso futebol manifestando por mudanças. Mas, essa briga pode ter consequências ruins. O ideal seria que houvesse um acordo, mas não é isso que os mandatários da confederação querem - eles já perderam poder demais. Inicialmente é uma competição que tem suas complicações e causará desconfortos, mas toda mudança de certa forma incomoda. Mas onde, nessa história toda, termina o interesse político e começa o interesse pelo futebol de fato? Enquanto não envolver dinheiro tudo está de pé. Cabe reflexão.

O jogo

O Inter começou o jogo se impondo e trocando passes envolventes no campo de defesa do Coritiba. A primeira finalização veio logo no primeiro minuto de jogo com Vitinho e o colorado dominava a partida sem aparentes dificuldades, embora o Coxa ainda se defendesse bem. O tempo foi passando e os problemas não tardaram a aparecer - o meio de campo do Inter não trabalhava, deixando Vitinho e Sasha por si mesmos. O excesso de lançamentos longos e o isolamento dos atacantes foram alguns dos pecados cometidos pelo time de Argel, além, é claro, da falta de capricho no último passe - foram muitas chances de gol desperdiçadas.

O lado direito foi o mais acionado da primeira etapa, onde participaram ativamente William, D'alessandro e Dourado. Embora levasse vantagem na bola aérea, o time sentiu a falta de um centroavante. 

No segundo tempo, o colorado continuou com a posse de bola e domínio, mas sem objetividade. Foram muitas jogadas pelas laterais e poucas pelo meio campo. Diferentemente do que muitos disseram, o time foi ofensivo, mas ainda muito desorganizado.

Análise

A falta de aproximação do meio campo com o ataque foi o que mais me incomodou, além da falta de capricho no último passe. Em resumo, a forma de jogar do time não se alterou, permanece a mesma de 2015, inclusive o tipo de placar. Dourado continua sendo o jogador mais presente nos jogos e Fernando Bob como a boa surpresa até então com bons desarmes e qualidade na saída para o jogo.

É claro que muitos vão falar "ah, mas é o primeiro jogo oficial e você já está cornetando". Vou deixar claro: são nos primeiros jogos que vemos o que precisa mudar. Sou a favor da venda de Anderson para quem quiser comprar e da inserção de Andrigo no time titular. O time sente a falta de Valdívia, que sabe bem como fazer a transição do meio campo para o ataque e foi isso que o Inter mais perdeu.

Em relação à defesa, digo e repito - precisamos de uma defesa mais sólida, mas há quem ainda se contente com Paulão.

O pessoal que lê o blog sabe que não confio no trabalho do Argel e acho que ele não serve como treinador do Inter, mas só os próximos jogos revelarão o que o colorado será nesta temporada. Não vou falar de título do brasileirão este ano, faz muito tempo que espero por isso e vou esperar o Inter me surpreender e me provar que sabe jogar um campeonato de pontos corridos.

Comentem o que acharam do jogo de hoje e o que vocês esperam para esta temporada!