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Sobre as últimas semanas

Pedindo passagem. | Foto: Alexandre Lops
É sempre importante explicar meu desaparecimento. Não que seja proposital, mas uma vida de faculdade + estágio + futebol + blog + vida social acaba sendo agitada demais e uma hora ou outra algo acaba ficando de fora. Mas não deixei de assistir aos jogos ou formar uma opinião sobre algo. E agora que tive um tempinho para respirar, escrevo aqui o que a guria pensa.


Caso Fabrício: Era de se esperar. A junção de críticas ao longo dos anos na cabeça do lateral o fizeram explodir da pior forma, digamos assim. Não posso deixar de transpor aqui minha profunda mágoa com ele. Jogar a camisa do Inter no gramado e mostrar o dedo do meio a todos nós significa um corte de relação seríssimo que não tem volta. Fabrício desatou o nó tarde demais e acredito que essa era uma atitude que os dirigentes colorados estavam esperando para mandá-lo embora. O desfecho foi bom para nós, mas ruim para o cruzeirenses. Aqui de minas escuto os ecos de insatisfação com sua chegada. A atitude do lateral chocou todos os apaixonados por futebol e sua imagem, mais distorcida agora, precisará ser reconstruída. Acho hipócrita agradecê-lo pelos gols providenciais, afinal, sempre defendi sua saída e mesmo com os gols marcados, virar ídolo estava fora de cogitação. 

Situação time: Se o time não joga bonito, os números pelo menos estão bons. Bons para o estadual, não para a Libertadores. Embora cada competição tire dos jogadores motivações distintas, é perceptível que o time não vai bem, As peças parecem desconhecer umas as outras. A equipe é sempre descompactada, aérea, distante e lenta (na saída de bola, na defesa, na conclusão). Acho inviável para a Libertadores e até para o gauchão.

Situação Aguirre: Não o culpo, afinal, Diego Aguirre pegou um senhor abacaxi. Nova direção -depois de quatro anos onde o futebol não foi priorizado, elenco sendo reformulado - depois de tanto tempo apresentando problemas não solucionados. O técnico uruguaio recebeu a missão de transformar a cara do Internacional - formar um time competitivo, aguerrido, que coloca medo nos adversários ao menos dentro de casa e que fosse consistente defensivamente e ofensivamente. E isso, por mais que surpreenda alguns, leva tempo. Vejo as críticas fluírem, mas sem pensar em quanto tempo Aguirre está comandando a equipe e o quanto os números estão ao seu lado. 

Prometo não sumir. Devia prometer não prometer.